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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

os remédios sairam pela boca.

Então foi a hora em que bateu o desespero, sem vida, sem luz sem vontade, sem alma, sem pensamentos.
Procurei tudo quanto é tipo de remédios que eu poderia ingerir, aqueles que se misturasse poderia me dar uma parada cardíaca.
Ingeri mais de 30 comprimidos, e fui esperar que a morte me alcançasse, entrelacei os dedos, e fiz a minha reza, pedindo que mesmo sendo suicídio eu encontrasse em algum lugar um tipo de luz, que  me guiasse para o lugar certo.
Fechei os olhos  esperando que o sono me tomasse para a eternidade, fiquei imaginando como seria ter conquistado tudo direitinho, e como eu seria se eu fosse diferente. Mas descobri que até aquele momento eu estava satisfeita com o que tinha feito, como eu tinha agido, e quem eu teria sido, mas só até ali.
Passaram milhões de coisas na minha cabeça, coisas que ali e agora seria impossivel.
Pensei no amor que eu tinha pelas pessoas, das boas até as maldosas, e de como eu queria que elas fossem boas também.
Pensei nas coisas que não fiz, e de como eu queria ter feito, mas imaginei que depois que os comprimidos fizessem efeito, meu espirito podia rondar pelos lugares que eu queria tanto ir.
Entrei em desespero, meu corpo tremia, meus olhos não paravam de chorar, mas eu estava ali aguardando.
Mandei uma mensagem pro meu pai, pro meu namorado, e pra alguns amigos, dizendo "euteamo", era só isso que precisavam saber.
Então me chamaram e eu sai pra rua, tonta, com dor no estômago, ansiedade que não parava mais.
E quando eu cheguei ao destino, coloquei tudo pra fora. Os remédios não aceitaram que eu morresse, ou eu tenho uma coisa muito forte dentro de mim que me deixou viva.
E a unica coisa que descobri é que a hora certa vai chegar. E que os mata-leões e as pedras do dia-dia, foram feitas pra aprender.

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