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segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Choro Bandido

“Mesmo que você fuja de mim 
por labirintos e alçapões 
saiba que os poetas,como os cegos, 
podem ver na escuridão
eis que, menos sábios do que antes, os seus lábios ofegantes hão de se entregar assim: 
Me leve até o fim."
(chico Buarque)

É o estranho que eu mais gostei.

É um jeito estranho de pensar.
Mas é o estranho que eu mais gostei.
É um jeito estranho de gostar, um gostar maravilhoso.
E quando não está comigo mergulho no mais profundo para tornar realidade o abraço que eu queria sentir.
Eu consigo entrar dentro do teu olhar e assim um sorriso aparece.
Então você é o mais próximo da verdade, da realidade, o mais próximo da felicidade.
E não estar contigo, é estar pronta para cair no mais alto de um abismo.
É um jeito estranho de amar, mas é o estranho que eu mais gostei.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

odeio fins.

Nunca estamos preparados para os fins. Sempre achamos que vai ser pra sempre quando está bom ou quando nos vemos feliz, sempre queremos que aquele sorriso fique ali intacto, sempre vivemos naqueles sonhos, e rezamos para que sejam sempre o sempre.
Estamos sempre na expectativa que algo bom fique sempre bom.
Mas lá vem bomba, o sempre, sempre acaba.
E a questão é quando que os fins vão finalmente ter fim?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Eu eu e eu

A vista era tão bonita, o céu parecia aqueles de filmes a verdade era o cenário inteiro, aquela árvore a direita o céu azul, e o fundo infinito de campos.
Era um vento forte, mas não importava muito, eu estava sendo aquecida em um dos melhores abraços que eu já tive, e lá estava nós deitado em meio ao pátio olhando para a constelação mais linda impossivel.
E lá passaram mil coisas e nada na minha cabeça.
Melhor que qualquer foto a ser tirada, melhor que qualquer memória que eu poderia guardar, melhor que qualquer conversa, ou qualquer silêncio, melhor que qualquer momento feliz do dia-dia.
Era simplesmente meu momento, meu segundo, minha hora, meu minuto, era simplesmente eu e meu amor, eu e mais eu.
Eu e o nada.
Eu e minhas risadas, eu e meus choros, eu e meus pensamentos, eu e o vento, eu e a escuridão, eu minha roupa, eu e a minha estrela, eu e a rua vazia, eu e o portão. Eu e meus amigos, eu e minhas fotos malucas, era eu e as minhas poses, eu e as minhas idéias, eu e o meu assunto fútil. Era eu e meu beijo, era eu e meu abraço, era eu e meus braços erguidos comemorando a minha vitória de todos os dias.
Era apenas eu e mais eu.