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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Dias vazios

Então eu provavelmente me apaixonei por você, você me deu uma abertura e eu mergulhei de coração e alma.
Você me deixou muitas vezes sem reação de palavras, e sempre muito ‘nervosa’ , mas só por saber que eu estava ali contigo, me deixou com vergonha todas vezes que me encantava com suas palavras ‘fofas’. Fez-me rir inúmeras vezes, com palhaçadas e histórias verídicas, foram as melhores risadas.
Perdi horas e horas ali, como se meu tempo não passasse e quando eu via, estava na hora de me retirar. Queria ficar ali contigo por dias e dias, por eu querer te conhecer cada segundo, cada minuto, e não deixar fugir nada.
Senti muita vontade de te abraçar quando passou por momentos difíceis, queria muito ser a pessoa que te ajudou e te deu a maior força ai do seu lado, batendo no seu ombro e dizendo – vai ficar tudo bem.
Queria que colocasse a mão no meu peito e visse como ele palpita quando vejo seu nome me chamando, e como eu fico toda vez que acordo de um sonho que você é o ator principal.
Queria que visse como fico todos os dias, quando tiro de uma em uma hora, meia para pensar em ti. Um verdadeiro ‘vegetal’, as pessoas me chamam e perguntam ‘ – pink, carol, que foi contigo?- eu olho sorrio e digo, nada.
Sabe, eu já senti a dor de perder, e foi ruim confesso, mas não imaginária que contigo seria tão ruim assim. Pensei em te perder, e por algum tempo foi real.
É como se eu nem tivesse nascido, como se tudo que eu vivi até aqui tivesse sido em branco, como se toda essa caminhada fosse apagada como uma amnésia.
È como se eu pisasse no chão, e teria que cuidar com os pisos falsos que me derrubariam.
E ninguém ao meu redor, eu estava vivendo em um quarto branco, fora da realidade, fiquei cega, surda e muda, e a única coisa que eu sentia era saudade,
E a dor era tão grande, porque era uma saudade da pessoa mais importante, das coisas que mais me davam forças daquele dia que te conheci pra cá.
E não ter aquilo me dava dor nos ossos, e eu chorava, nunca fui de chorar muito, nem por mortos, por achar que ninguém merecia minhas lágrimas, chorei poucas vezes, pouquíssimas vezes.
Mas não evitei, um calor subiu para meu coração, fazendo com que eu sentisse minhas veias doloridas, senti como se uma faca estivesse estraçalhando meu estômago, e minha garganta muito seca, e logo depois de toda essa reação, senti que meu coração podia saltar pela boca, mas a garganta seca não deixava ele sair, e assim me causava uma dor imensa, é uma dor de coração em pedaços,
Minha cabeça não conseguia pensar nada, era eu em um lugar escuro e a tela do computador com as ultimas palavras.
E logo tudo isso fazia com que meus olhos ardessem, e as lágrimas saíssem, eu não sabia quem estava mais desesperada se era as lágrimas ou eu.
Toda noite antes de dormir, eu rezava, rezava agradecendo por te ter, e rezava agradecendo por tu estar bem, a verdade é que nem rezava mais por mim.
E depois de rezar acontecia sempre a mesma coisa, essa dor que me fazia chorar.
No meio da madrugada me pegava perdida nos sonhos, e quando acordava as lágrimas ainda estavam no meu rosto.
Voltava para os sonhos vazios, eram sonhos vazios sem imagens, sem sons, sem nada, e lá estava meu despertador chato pedindo para que eu levantasse.
E logo a mesma dor, com uma vontade amais de não levantar, eu forçava os olhos para voltar a dormir, e toda vez era sim, eu implorava para meu espírito não voltar mais para meu corpo.
Mas eu tinha que lutar, sempre lutei, sempre batalhei por mim, e agora estava na hora, eu não tinha mais o que fazer mesmo, tinha que me conformar com aquilo tudo, eu ainda sim estava viva, viva em corpo.
O desanimo tomou conta de mim, e pensava, - E agora o que eu vou fazer, comigo?
E o silêncio me tomava .
Estraguei-me, será que toda vez que acontecesse algo de ruim eu ia voltar a ser o demônio em forma humana?
Eu não podia me deixar cair, tive que me levantar, mas toda vez que uma corda me puxava algo cortava a corda.
Foi quando acabei por me provar que eu realmente sou forte, porque lá quando pensei que eu não ia mais me erguer, eu percebi que ainda estava sobre os pés, sobre os pés e EM PÈ, ali intacta.
Eu tive que fingir, fingir que estava tudo bem, estava com as minhas duvidas de como estava a situação, não gosto de fingir, mas confesso que eu fingi muito bem.
Mas como qualquer um, você sabe exatamente como sou, e percebeu.
Buscou saber porque, mas eu estava tão ‘fria’, que acabei entrando dentro da minha frieza, mas lá estava você me aquecendo e fazendo com que meu gelo acabasse se espatifando.
Não sabia o que falar, depois de ter passado tudo aquilo, talvez eu ainda estivesse em estado vegetal.
Mas, as coisas boas e os momentos bons que eu tive contigo, tomaram conta, e não me deixaram perder a oportunidade de ouvir mais uma vez a palavra, EU TE AMO.
Então, estou sorrindo.

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